sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O equilíbrio dos quatro



Quatro amigos. Dois homens e duas mulheres. Encontraram-se por acaso em uma encruzilhada. Mal sabiam que iam seguir o mesmo caminho por um tempo. Aparentemente, distintos. Não tinham idéia que nessa caminhada iriam se apaixonar, descobrir um no outro a complementação de seus seres. Compreendiam-se com tanta facilidade que sentiam ter vivido a mesma vida no mesmo corpo há tempos atrás. Diante dos outros são personagens interpretados conforme a sinfonia orquestrada pelo maestro Tempo. Cheios de caras e bocas para esconderem o que realmente sentem ou que realmente pensam. É fácil sorrir, basta contrair a face, fechar um pouco os olhos e mostrar os dentes. As máscaras caem, sempre caem quando se encontram só os quatro - quando entra em cena a rija*. Afloram-se as mágoas, as tristezas, as risadas soltas conforme a piada sem graça é contada, as lágrimas, os desejos ocultados, as alegrias ocultas... A despreocupação com o resto do mundo é tamanha que, por eles, poderiam morrer naquele exato momento sem hesitação.

Há um entre os quatro que os mantém vivo, lutando na Epopéia dos Carmas. Rijo, o Ser que - meio que sem querer ser - comanda a melodia da vida nos corações de cada um. O que sempre está alegre. Aquele que pouco se vê chorar triste. A pessoa que sempre oferece um ombro para chorar, um abraço para acalentar, um beijo para saciar. A que ri para os outros sorrirem. Inabalável. A que segura quando os três estão caindo. Aquela que ajuda o amigo a levantar. O único dos quatro que dispensa as máscaras. O único sinceramente sincero perante todos. O quarto elemento.

Os outros três não são fracos. Até que lutam muito, superam-se, conseguem manterem-se vivos. Porém não tão firmes quanto o quarto. Não tão iluminado, nem tão reluzente. E nem tão felizes - pelo que sei. Eles precisam do quarto elemento para serem completos. Assim como o quarto elemento precisa deles para se tornar importante - Uno.

É chegada a hora que os quatros se separarão, onde a estrada se separa. Mas creio que manterão contato, que se reencontraram quando um deles ligar desesperado - ou não - por uma conversa amiga, por uma acolhida fraterna, ou apenas pelo desejo de ouvir a voz do outro, perguntar como as coisas estão indo e se está tudo bem... E viverão separados sempre com um pedaço vivo de cada um dentro de si, esperando um dia reencontrarem-se.

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Jê (Gê), você é esse quarto elemento! Obrigado, grande amiga!

Feliz aniversário! :*** s2

4 comentários:

Sílvia Mendes disse...

='D

Unknown disse...

Chorei!
lindo Léo.to sem palavras
oq sei dizer no momento é que adorei!e que sim, amo vcs!

viva ao equilibrio dos quatro!

Camila Machado disse...

Lindos o texto Léo e um beijo enorme pra GG !!

Tamara disse...

Ficou bonito o texto! Eu sempre quiz perguntar: Quem tirou essa foto? Eu acho ela muito linda, o enquadramento, a pasaigem, vocês bem de boa. haha
Ah, e pra mim o título foi o MELHOR!

:)