quinta-feira, 17 de setembro de 2009

No quarto, luz apagada.

O fim vem logo antes do começo. Com uma decisão. Não há mudança na rota de colisão. É inevitável. Ela, a colisão, já estava prevista desde o início. Desde a escolha do caminho. Por isso a reflexão é tão importante. O esmiuçar das ideias, o ruminar os farelos, o egoísmo do pão. Partilhar as vezes é muito caro, não vale a perda. As vezes a perda, também, pode trazer frutos maiores. Por isso a reflexão é tão importante. É nesse momento que tudo cresce. No regar, no adubar e na espera. O Sol é natural e de propriedade de todos. Cabe saber quem irá melhor utilizá-lo. Creio que além disso haja o não esquecer. Sim, você pode se dedicar, cuidar, mas se não tiver paciência tudo se perderá. Ter paciência é virtude de poucos. Você tem que ter o privilégio da florescência. Experimentar. Tão belo. Tão magnífico. Tão sexo. Talvez por isso poucos dediquem-se a esse caminho. Pois uma rapidinha não demora nada mais do que meia hora. E o que é isso para uma vida inteira? Nada! Mas um monte de rapidinhas pode ser alguma coisa... Por isso a reflexão é tão importante.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Será que funciona?

É. Eu sei. Mas não tem como. É sempre assim. Não consigo evitar. É clichê na minha vida. Virou rotina. Não falo da insônia. Nem da correria. É. Disso mesmo. Tenho medo que seja para sempre. Sendo que todos buscam um felizes para sempre. Por isso seguem em frente. Mera ilusão. Eu não. Felicidade nunca foi real. É uma realidade incondicional. Não existe. Eu busco outra coisa. Não. Eu ainda não sei o que é. Onde estaria o desafio se eu soubesse? É a graça da vida. Sempre cheia de chegadas e partidas. Faz-se sempre uma despedida. Nada de festas. As vezes há tristeza. Outras sorrisos de alegria. Não. Alegria não é felicidade. Alegria existe. Normal. Todo mundo confunde afinal. A felicidade é um estado completo. Muito complexo. Alegria é passageira. Ato de puro reflexo. Calma. Sem desespero. Há ainda o sexo. Sim. Não me chame de rude. Quer coisa melhor? É o ato que nos faz mais próximos da completude. Sério. Olhe para mim... E ai, a fim?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A última de um bandoleiro

É tudo constante nas retinas. Os mesmos sorrisos amarelos, as mesmas caras fechadas, o mesmo cinza. É sempre a mesma fumaça nas narinas. Puxa, prende, fuga da mente, uma pequena partida. Como você queria a viajem daquela menina. Rebolation modo:on, olhar de ressaca, boca carnuda cheia de malícia. Garçon, manda aquela estricnina. Agulha no braço, suor na testa, só mais essa vez, para uma grande saída. Preciso só de um pouco mais de adrenalina. Só mais essa vez, eu prometo, é a última com minha doce heroína.



Para um grande amigo que partiu hoje. Realmente foi a última, meu caro. Que Deus o compreenda e o tenha.