sábado, 9 de agosto de 2008

De mim para mim mesmo

Eu não sou comum
Eu não sou igual
Posso não ser original
Sei que sou incompleto
Mas vivo com a convicção de ser único
De buscar o meu ideal
De ser um ideal, busco
Ser completo

Li outro dia que para alcançar a felicidade temos que romper com as ilusões que nos inundam e sufocam. Decifrar cada uma e excluí-las definitivamente. Essas ilusões são obstáculos que nos desviam do verdadeiro caminho, que nos preenchem o vazio com uma pseudo-felicidade, vazio que nos acompanha desde a fecundação do óvulo ou a partir da compreensão de uma estrutura social- família. Concordo, buscamos algo ou alguém que nos complete e nunca nos procuramos ou pensamos como seres completos autônomos. A existência de outrem com a satisfação ou a incumbência de nos “salvar da solidão”, nos torna servil e fraco. Pois se vivermos a mercê de alheios nos submetemos as suas vontades, abandonaremos os nossos destinos para seguirmos outros. Não viveremos uma vida totalmente nossa e, sim, uma vida incompleta, onde se abstém dos sonhos. Não digo para abandonarmos o relacionamento interpessoal, é para não nos atirarmos ao primeiro frescor da acolhida. A jornada de uma vida tem algumas propostas predefinidas, uma delas é encontrar um alguém com objetivos semelhantes, com o mesmo propósito, para que possam juntos compartilhar e alcançar esse objetivo. Não precisa ser, necessariamente, uma namorada ou um namorado. Não precisa ser uma pessoa que você venha a ter um relacionamento conjugal. Pode ser um amigo, um colega do trabalho, um professor... Pode ser qualquer pessoa que você sinta a reciprocidade a seus sonhos, para que possam amadurecer e encontrar a plena felicidade. Alguém que doe e que exija. O que quero dizer é para não nos acomodarmos no sofá para assistirmos a novela das oito, das nove, das dez, que se seguem sempre com o mesmo enredo. Não nos prendermos a vidinhas medíocres sem objetivos, com o falso espírito de decência de assumir que tentou. E sim, para levantarmos e lutarmos por nós mesmos. Por puro egoísmo. Saibamos que não devemos infringir o próximo para atingir a meta estabelecida. Pois, não há tentativas e acertos. Só há a escolha da estratégia para a tentativa certa.


Eu não sou comum
Eu não sou igual
Posso não ser original
Sei que sou incompleto
Mas vivo com a convicção de ser único
De buscar o meu ideal
De ser um ideal, busco
Ser completo

Nenhum comentário: