Apenas devaneios de uma mente atormentada ou o alterego reprimido incapaz de expressar pessoalmente pensamentos e sentimentos?
Estou há muito tempo pensando em escrever as minhas falácias, nunca comecei - Até agora. Não escrevo algo decente desde a oitava série, quando eu puxava, descaradamente, o saco dos professores e me animava com as notas dez que, freqüentemente, tirava. Os tempos mudaram. As pessoas mudam. Tornei-me um pseudo-intelectual. Um vagabundo de classe – ou apenas boêmio cara-de-pau. Que, com muita malandragem, foi levando o ensino médio sem seriedade, matando aulas, colando nas provas e nos trabalhos, pensando somente em achar uma boa sombra, sentar na grana, esticar as pernas, encostar-me na árvore e assistir o tempo passar. Passar assim tão devagar quanto às nuvens ou a brisa que me faziam pegar no sono em toda manhã de matemática ou português.
E em alguns sonos dessa malemolência toda é que me vieram à cabeça os bons momentos que passei no ensino fundamental. De quando a minha inteligência valia algo ou de quando eu dava valor a ela. Das vezes em que minha redação era lida perante toda a turma. Do discurso da formatura que ainda ecoa em meus ouvidos - “... o futuro Luis Fernando Veríssimo” – Longe de mim tal prepotência, mas ser ao menos comparado a ele era um ecstasy para o meu ego. E esses pensamentos me atormentando desde então. Por ter abandonado tudo isso, por ter me afastado de um possível destino, por rejeitar a mim mesmo, minha cabeça incha de dores clamando por compreensão.
Por isso, resolvi saciar o meu ego. Fornecer a ele o ópio de outros tempos para anestesiar e organizar a balbúrdia de minha mente. Para as dores cessarem.
O que penso escrevo. O que escrevo leio. Releio. A dor passa. Tenho paz. Durmo.
Estou há muito tempo pensando em escrever as minhas falácias, nunca comecei - Até agora. Não escrevo algo decente desde a oitava série, quando eu puxava, descaradamente, o saco dos professores e me animava com as notas dez que, freqüentemente, tirava. Os tempos mudaram. As pessoas mudam. Tornei-me um pseudo-intelectual. Um vagabundo de classe – ou apenas boêmio cara-de-pau. Que, com muita malandragem, foi levando o ensino médio sem seriedade, matando aulas, colando nas provas e nos trabalhos, pensando somente em achar uma boa sombra, sentar na grana, esticar as pernas, encostar-me na árvore e assistir o tempo passar. Passar assim tão devagar quanto às nuvens ou a brisa que me faziam pegar no sono em toda manhã de matemática ou português.
E em alguns sonos dessa malemolência toda é que me vieram à cabeça os bons momentos que passei no ensino fundamental. De quando a minha inteligência valia algo ou de quando eu dava valor a ela. Das vezes em que minha redação era lida perante toda a turma. Do discurso da formatura que ainda ecoa em meus ouvidos - “... o futuro Luis Fernando Veríssimo” – Longe de mim tal prepotência, mas ser ao menos comparado a ele era um ecstasy para o meu ego. E esses pensamentos me atormentando desde então. Por ter abandonado tudo isso, por ter me afastado de um possível destino, por rejeitar a mim mesmo, minha cabeça incha de dores clamando por compreensão.
Por isso, resolvi saciar o meu ego. Fornecer a ele o ópio de outros tempos para anestesiar e organizar a balbúrdia de minha mente. Para as dores cessarem.
O que penso escrevo. O que escrevo leio. Releio. A dor passa. Tenho paz. Durmo.
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