terça-feira, 29 de julho de 2008

I love you, Goldie! - by Marv

A noite está quente como o inferno. Um quarto nojento, numa parte nojenta de uma cidade nojenta. Estou olhando para uma deusa. Ela está dizendo que me quer. Não vou desperdiçar nem mais um segundo imaginando porque tive tanta sorte. Ela tem o cheiro que um anjo deve ter. A mulher Perfeita. A deusa. Goldie. Ela diz que seu nome é Goldie.
Três horas mais tarde a minha cabeça parece muito maior e aquela coisa fria acontece com meu estômago. E aí percebo que Goldie está morta. Não tem nenhuma marca nela. Você teria que checar seu pulso ou notar que seus seios perfeitos não estão se mexendo como deveriam se estivesse respirando. Ela foi assassinada e eu estava aqui quando isso aconteceu. Deitado ao seu lado. Bêbado pacas, exatamente como ela estava. Maldição, Goldie! Quem era você e quem te queria morta? Quem era você além de um anjo de clêmencia dando a um perdedor ferrado como eu a melhor noite de sua vida. Deus sabe que ela não ficou comigo pela aparência. Então porque a taberna vulga? Por que a gentileza comigo, Goldie?
A polícia. Entregando o jogo. Aparecendo quando somente eu e o assassino sabemos que houve um assassinato. Alguém pagou uma bela grana para me incriminar. Não havia motivo para ser discreto. Só tinha um jeito de resolver as coisas: do meu jeito. Quem quer que te matou vai pagar caro, Goldie.
Não sei por que você morreu, Goldie. Não sei por quê. E nem sei como eu nunca tinha te conhecido antes desta noite. Mas você foi uma amiga e muito mais do que eu precisei. E quando eu encontrar quem te matou, não vou matá-lo rápido e na surdina como fizeram com você. Vai ser com muito barulho e muito feio. Uma matança bem a meu gosto. E quando seus olhos ficarem sem vida, o inferno para onde eu o mandar vai parecer o céu depois do que eu tiver feito com ele aqui.
Eu te amo, Goldie!

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