Hoje, 28 de Janeiro de 2010, eu abri esse blog depois de muito tempo. Reli alguns dos meus textos. Confesso, os meus dedos tremeram. Uma vontade súbita de me transformar em palavras me tomou novamente. Senti a minha mente trabalhar. Na verdade, GRITAR. É, ela sentiu tanta saudade desse espaço. Milhões de pensamentos me tomaram, fiquei até um tempo desacordado, embebecido nas cenas e nos diálogos. Então minha irmã me chama: hei, acorda! Parece um retardado ai. Ela, sempre com doces palavras, às vezes tem razão. A cabeça se esvaziou assim que eu pisquei os olhos. Isso está me incomodando muito. Não consigo reter uma linha lógica de raciocínio. Não consigo prender a minha atenção por mais de dois minutos em algo que eu esteja fazendo. Agora, por exemplo, tive vontade de escrever várias coisas, mas nada estruturado me veio. Estive na praia, na faculdade, nas festas, no trabalho que eu pretendo ter, nos sonhos que eu abandonei, nas carreiras que eu poderia ter seguido, nos complexos que eu me curei e naqueles que eu criei. É complicado. E com tudo isso para refletir, pensar e digerir, eu acabei optando pela funga. Usei a clássica, me afundei em livros e séries. Li uns quantos nessas “férias” e reli uns tantos outros. Tenho indicações de livros e séries para o ano todo. Mas eu, sinceramente, sei o que me afetou desse jeito. E isso não vem ao caso agora. Estou melhor agora e só estou aqui para dizer que voltamos: Eu, o meu Eu Lírico e o meu Alterego. E estamos com vontade de por nessas linhas tudo o que me vem acumulando na cabeça nesse tempo de ausência. Quem sabe assim eu volte a ter uma noite de sono tranquila como há muito tempo eu não tenho sem aquelas vozes me incomodando.
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Há 8 meses